Níveis de colesterol e o risco de infarto: entenda o que acontece

Cuidamos da saúde, fazemos exercícios, seguimos dietas… Mas, por vezes, o destino prega peças, e o coração, mesmo em boa forma, pode sofrer um ataque cardíaco. Mais da metade dos infartos atingem pessoas com risco intermediário ou baixo. Isso significa que nem todos os casos de infarto estão relacionados a níveis altos de colesterol.

Risco de infarto em pessoas de baixo risco

Curiosamente, nem todos os que sofrem um infarto são considerados de alto risco pelos médicos. De fato, mais da metade dos casos ocorre em pessoas classificadas como de risco intermediário ou baixo. Isso reforça a importância das avaliações cardiológicas periódicas, especialmente para homens a partir dos 40 anos e mulheres na fase da menopausa. Como investigamos isso nas consultas: 

Histórico Clínico Detalhado: Revelando seus hábitos, doenças e histórico familiar.

Exame Físico Completo: Verificando pressão arterial, peso e cintura.

Exames Laboratoriais Essenciais: Dosando glicemia, colesterol e frações (HDL e LDL).

Fatores de risco: vilões silenciosos, mas combatíveis

Cigarro, pressão alta, diabetes, colesterol alto (total e LDL) e HDL baixo são os principais vilões cardíacos. Combatê-los é crucial:

  • Cigarro: Pare de fumar! Após 12 meses sem o vício, a mortalidade por infarto cai drasticamente.

  • Atividade física regular: Movimente-se! A prática regular reduz o risco de doenças cardíacas.
  • Pressão alta sob controle: Controle-a com medicamentos e mudanças na rotina.

  • Diabetes: Glicemia sob Controle: Mantenha-a sob controle com dieta, medicação e exercícios.

  • Colesterol: Níveis totais acima de 240 mg/dL aumentam o risco de infarto. LDL alto e HDL baixo também são perigosos.

Alerta amarelo:

Obesidade, sedentarismo, histórico familiar de infarto, sexo masculino, resistência à insulina e fatores sociais/comportamentais também elevam o risco:

  • Obesidade: Homens com cintura acima de 94 cm e mulheres acima de 80 cm precisam perder peso.
  • Sedentarismo: Pratique exercícios regularmente.
  • Histórico familiar: Seus pais ou avós tiveram infarto precoce? Fique atento.
  • Sexo masculino: Homens têm maior risco de infarto que mulheres.
  • Resistência à Insulina: Avalie com base no diâmetro da cintura.
  • Fatores sociais/comportamentais: Estresse, tabagismo passivo e uso de drogas aumentam o risco.


Se quiser manter o seu coração saudável, lembre-se que prevenir é o melhor remédio, e te eliminará horas de emergências, idas ao pronto-socorro e ansiedade. Faça consultas regulares com seu cardiologista. 

Agindo agora, você protege seu coração e aumenta suas chances de uma vida longa e saudável!

Dr. Marcelo Puzzi – Cardiologista em Maringá-PR – @drmarcelopuzzi
Médico cardiologista e hemodinamicista, especializado em procedimentos minimamente invasivos.

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